Tuesday, January 31, 2006

Pensei que fosse...

Dorme o sol, imperador do dia, na noite perfeita. Raia grandiosa lua com argêntea luz, iluminando a vastidão do firmamento, no seu vestido de veludo azul. Ela, debruçada na janela, sonha acordada com ele. Imagina-o num sono angelical. Muitos quilômetros, distante dalí, ele não imagina, não sonha, não dorme, ele beija uma bela mulher.

Bela? Não, ela não é tão bela assim, são os seus olhos que, como se estivessem enfeitiçados, como se fosse por efeito de alguma magia, a vêem tão bela. Ele olha para ela docemente, com ternura, com indisfarçável amor. Longe dalí, outra mulher continua a sonhar com ele, seu amado, promessa de um companheiro para toda uma vida. O esposo, futuro pai dos seus filhos. O seu futuro.

Ele abraça ternamente a mulher, olha em seus olhos mais uma vez e diz: - Fica com Deus, Mãe.

Thursday, January 26, 2006

Inventos

Certos inventos nasceram para suprir as necessidades básicas na medida em que o homem foi domando a natureza. Por mais estranho que pareça, ninguém contesta a utilidade ou os motivos que levaram algum representante mais inteligente da nossa raça a inventar, por exemplo, o guarda-chuva.
- Querida, querida! Acabei de inventar o guarda-águas!
- Legal, agora, seu asno, vê se vira a parte de cima e inventa o guarda-chuva.

Mas outros inventos carecem de uma explicação lógica ou até mesmo de uma explicação qualquer. Alguém poderia me dizer qual foi a necessidade premente que gerou a invenção do colunista social? Estavam todos chateados depois de uma festa, quando alguém disse:
- Puxa vida, não seria legal se alguém resolvesse fofocar sobre a festa de ontem?
- É mesmo, que grande idéia!
- Poderia virar um espécime que viveria as custas dos riquinhos da "society".
E assim foi inventado o colunista social.

Monday, January 16, 2006

Viver Só Assim

Viver Só Assim
----------------------------------------------------
Deixa me ser / Nada mais / Nada demais / Só ser...

Deixa eu ter / O que mais / Eu quero / Nessa vida

Deixa me viver / Pois sem ter você / Viver não mais
----------------------------------------------------
Copyright-2006-Ronaldo Renato de Souza-Domrs

Wednesday, January 11, 2006

Preciso...

Preciso de algo romântico...

Sunday, January 08, 2006

Paquera


- Por que os homens são tão sérios? - perguntou-me ela.
- Você acha? Não é a idéia que muita gente faz de nós...
- Você fala em comportamento, eu falo em modo de ser.
- E isso não é comportamento? - impliquei.
- Mulheres são leves, são românticas, divertidas!
- Claro, voce é "a" Lua, não é? Sua opinião não conta.
- Eu? Nada disso, sou um satélite, não tenho sexo.
- Você perguntou ao Sol? Por acaso ele aceita isso de sem sexo?
- Você que está sendo machista. Isso não têm nada a ver com sexo!
- Você fala isso porque nunca precisou conviver com uma delas...
- Você vai querer me dizer que elas são "de lua"?
- E como! Já ouvistes falar em TPM? Em dor de cabeça?
- Qual nada! Os homens também são cheios de manias...
- Por exemplo?
- São uns eternos desconfiados.
- Nós? Desconfiados? Nem sei o que é isso. O que é desconfiança?
- Você sabe do que estou falando...
- Vocês é que dão motivos..
- Sabe de uma coisa! Não falo mais contigo!
- Nem eu contigo! Vais embora para o "céu da mamãe"?
- Malcriado! Grosso! ...
- ....
- ....

Friday, January 06, 2006

Não vou dizer se te amo.

Não vou dizer se te amo. Quais palavras garantirão o meu afeto? Valerão mais os dizeres fáceis, um amo ou não amo, do que tudo aquilo que já passamos juntos? Por isso, agora eu não direi se te amo. A resposta que conheces mesmo sem que eu te diga, ou mesmo contra tudo o que eu possa dizer se não for a verdade. Sei que não buscas resposta para o que já sabes. O meu ser já te respondeu tantas vezes em gestos e atitudes. Não busque garantias em palavras. O que poderás ouvir que meu coração já não tenha contado?

Wednesday, January 04, 2006

Lua Poética

Você, meu querido leitor, minha querida leitora, não tem como saber, mas ficará sabendo porque eu vou contar, não se constitue em um segredo: este já é o quarto texto que eu faço para esta página, o blog Lua e Sol. Escrevo para vários blogs, e embora não tenha uma linha editorial fixa em nenhum deles, adoto um sistema para escolher os assuntos para cada blog.

Sabe qual é esse sistema? Trivial, quem determina o assunto do Blog é o seu título. Isso quer dizer que os assuntos devem se coadunar com o que sugere o título do blog. Pois este blog se chama Lua e Sol, o que este nome lhe sugere? Embora sejam dois astros que façam oposição um ao outro, determinando noites e dias, para mim o título sugere algo romântico, poético.

Todos os textos que precederam este eu não considerei suficientemente românticos ou poéticos para serem publicados no Lua e Sol. Quase como um recurso desesperado, eu resolvi fazer um post contando essa minha dificuldade para vocês. E aqui estamos, nesse post confessional, eu confessando a minha incopetência - que espero seja passageira! - para fazer alguma poética ou romântica.

Lua de prata, grande cascata / A cair do céu, como um dossel / Lua poética, na tua estética / Cobres a terra / Como um véu. - Domrs* - 2006
* Ronaldo Renato de Souza